Cuidados de saúde indispensáveis para mulheres viajantes

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Viajadora: Cuidados de Saúde Indispensáveis para Mulheres Viajantes

Mulher é um bicho que sofre muito, com TPM, menstruação, cólica e todas aquelas alterações de humor que tanto atrapalham nosso dia-a-dia. Se em casa já é ruim, imagina passar por tudo isso viajando: horas intermináveis de dores nas poltroninhas apertadas do avião; andar de mochilão debaixo do sol se esvaindo em sangue no temido 2° dia do fluxo menstrual; ficar maluca de hormônios justo quando você está num albergue querendo se enturmar com desconhecidos  loiros de olhos azuis; a lista é vasta. E pra piorar, nosso sofrimento não se limita a questões menstruais. Basta cair na estrada e mudar um pouco a rotina pra aparecer também a prisão de ventre e até infecções oportunistas, como a candidíase e a cistite. Uma desgraça só.

A maioria dos problemas acontecem porque, quando viajamos, as temperaturas e o fuso-horário mudam, a gente geralmente dorme menos, bebe e come muito mais porcarias do que está habituada. Com todas essas alterações, nosso sistema imunológico acaba ficando mais fraco e suscetível a problemas de saúde. E pra piorar, a gente ainda relaxa e esquece de tomar os remédios regulares, o que aumenta ainda mais as chances de surgir algum problema.

Bem sei, porque quando comecei a viajar, passei por vários desses contratempos de viagem. Foi por causa disso que resolvi fazer esse post, com algumas dicas da minha ginecologista, Viviane Monteiro, para nós, mulheres viajantes, sofrermos menos quando viajarmos. Aí vão:

Mulheres Viajadoras: Cuidados com a saúde feminina

  • Roupas confortáveis: tecidos sintéticos e roupas abafadas, como calças jeans muito justas, por exemplo, prejudicam a transpiração da pele nas partes íntimas e favorecem a proliferação de bactérias, principalmente em lugares de temperaturas muito altas. É melhor optar por calças mais larguinhas e que não abafem as partes, principalmente em longas viagens de avião ou ônibus. Eu sempre viajo de calça cargo (eu sei, é feia e brega, mas é larga, cheia de bolsos e muito prática) ou de calça bailarina (aquela de malhar), que é ótima porque não atrapalha os movimentos.
  • Não abafe a sua amiguinha: Assim como as calças muito justas, os absorventes íntimos diários, aqueles fininhos, também devem ser evitados por mulheres viajadoras, por facilitarem a proliferação de bactérias ruins. Para combater esse problema, também é aconselhável trocar de roupa íntima com maior frequência.
  • Não limpe demais: Essa aqui é justamente o contrário do que a gente achava que era bom: a especialista aconselha evitar hábitos frequentes de higiene íntima com duchas vaginais ou lenços umedecidos, porque eles acabam eliminando as bactérias boas, o que facilita o aparecimento de infecções oportunistas, como a candidíase.
  • Coma direito: Difícil, mas é importante não mudar demais a alimentação, já que normalmente acontece uma mudança no padrão de trânsito intestinal quando viajamos, o que facilita o surgimento de prisão de ventre.
  • Free xixi!: Reter a urina por longos períodos é a melhor coisa para as infecções urinárias aparecerem. Por isso, ingira muito líquido e vá ao banheiro sempre que der vontade.
  • Lembre do anticoncepcional: O ideal é manter o horário de ingestão como se estivesse no lugar de origem, adequando-o ao fuso-horário. Por exemplo, em NY são 3 horas a menos do que no Brasil, então se você toma a pílula às 10h da manhã aqui, lá terá que tomar às 7h. Isso é muito fácil quando a diferença é pequena, mas se você for para lugares onde é muito maior, como o sudeste asiático ou a Austrália, seus horários vão ficar totalmente bagunçados. Por isso, o ideal é se consultar com o ginecologista uns dois meses antes de viajar, para vocês regularem um horário melhor para a pílula durante a viagem.
  • Leve uma reserva: Medicamentos de uso crônico e indispensáveis (olá, meus remédios de enxaqueca!), devem ser levados em quantidades maiores do que as necessárias. E não ponha tudo no mesmo lugar: colocando um pouco na mochila e um pouco na bolsa de mão, você não corre o risco de ficar sem nada em caso de extravio de bagagem.
  • Seja prevenida: Carregue em sua bagagem de mão as receitas prescritas por seus médicos, seu tipo sanguíneo e RH e uma eventual lista de substâncias alergênicas, se você tiver alguma. Se usar lente de contato, não esqueça de levar o soro (em uma embalagem de menos de 150ml), duas caixinhas de lentes e seus óculos, para trocar no avião.

Incomodada ficava a sua avó

Essa aqui não é dica da médica, eu que estou falando. É que fico muito agoniada quando vejo meninas comentando como sofrem quando estão menstruadas, como ficam malucas com a TPM ou esperam em casa vegetando esse período passar. Gente, não precisa mais menstruar hoje em dia! Em que ano a gente está, 1915? Agora tem solução pra tudo!

Existem muitas formas de evitar isso, como pílulas anticoncepcionais de 28 dias, daquelas que você emenda as cartelas e não menstrua; o DIU Mirena, um tipo de DIU novo e muito seguro; injeções de hormônios e por aí vai. Não sou médica nem vou entrar no mérito de discutir o que cada um faz, mas conversando com seu ginecologista, vocês podem chegar a uma conclusão do que é melhor para evitar esse suplício sem nenhum efeito colateral. Afinal, você não quer ter que se preocupar em trocar de absorvente em uma ilha  na Tailândia nem sofrer de cólica no meio da Trilha Inca, né?


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Comentários

3 COMENTÁRIOS

  1. Gostei do assunto. Pretendo fazer uma viagem assim um dia. Porém não uso e nem usaria o DIU pois ele é um método “abortivo” pois impede a fixação do embrião – óvulo já fecundado e em desenvolvimento – no útero.

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