O primeiro dia da Expedição Jalapão é basicamente a ida da capital de Tocantins, Palmas, para a região do Jalapão, já que, como comentamos aqui, as distâncias por lá são grandes e boa parte do caminho é de terra. Foram cerca de seis horas no caminhão Mamute até chegarmos na fazenda do Seu Camilo, onde montamos o primeiro acampamento da viagem e, em seguida, fomos admirar o pôr do sol no alto da Serra do Gorgulho.
Mais do que apenas a ida de um ponto a outro do Tocantins, no entanto, esse primeiro dia de viagem é essencial para a adaptação ao caminhão e o entrosamento dos participantes da expedição, que, no nosso caso, ao final do primeiro dia suando e sacolejando juntos na estrada, pareciam já se conhecer há muito mais tempo.
A estrada e o caminhão
Às nove da manhã de domingo, o Mamute já estava pontualmente estacionado em frente à pousada, e os guias da Venturas arrumavam nossas mochilas em uma caixa no teto do veículo. A visão do caminhão é impressionante: alto, largo, pintado de amarelo e cheio de detalhes, parece ter sido mesmo todo pensado para ter um compartimento exato para cada tralha necessária ao sucesso da viagem. (A arrumação de tudo, aliás, é tão impressionante que, em breve, faremos um post à parte só com os detalhes da logística da expedição).
Todo mundo estava bem empolgado e curioso para ver como era o interior do Mamute. Antes disso, o líder dos guias, Sérgio, apresentou os outros guias, o fotógrafo da expedição tirou a foto oficial do grupo e, aí sim, lá fomos nós rumo a uma das semanas mais divertidas das nossas vidas. O interior do caminhão é todo adaptado para carregar até 19 passageiros sentados. Na ausência de ar condicionado, o calor do Tocantins castiga um pouco, mas nada que não se possa aliviar com o vento que entra pelas janelas abertas, trazendo consigo o cheiro de mato e terra do cerrado. A cabine tem água gelada e, para passar o tempo, um rádio que toca trilhas sonoras selecionadas para cada trecho da viagem (adorei isso!), lanches e os guias, que conversam com o pessoal, contam piadas e, no nosso caso, tiveram muita paciência para responder todas as 3.527 perguntas sobre o Jalapão e a expedição.
Dentro do Mamute tem também o kit sertanejo, uma bolsa com pá, sacos de lixo e papel higiênico, para “ir ao banheiro” na estrada e no camping. A maior parte das paradas no caminho, aliás, foi para isso, o que, depois de uma certa estranheza inicial, acabou virando mais uma oportunidade de passar o tempo e confraternizar com as companheiras de viagem (mulheres são mesmo uns bichos estranhos! haha). Já a outra parada foi em uma vila no meio do nada para lanchar.
Aqui vai um videozinho que fizemos para mostrar um pouquinho do caminhão:






Primeiro acampamento e pôr do sol na Serra do Gorgulho
Chegamos na fazenda do Seu Camilo por volta das 16h, e aí foi bem rapidinho: todo mundo ajudando a tirar as barracas, sacos de dormir e mochilas do caminhão, almoçando (porque ninguém e de ferro) e, depois, montando sua barraca o mais rápido possível para dar tempo de ver a atração do dia, o pôr do sol na Serra do Gorgulho. As barracas, daqueles modelos básicos, são divididas por duplas de viajantes e bem fáceis de montar. Durante toda a viagem, acabamos usando só lençóis e o colchãozinho inflável que eles emprestam (tão prático!), porque estávamos com uma preguiça danada achando quente demais para abrir os sacos de dormir que levamos.





A caminhada até a Serra do Gorgulho foi bem tranquila, cerca de 20 minutos de subida leve para chegar até o alto do Morro Vermelho, de onde se tem uma linda vista de toda a região, com os cânions e pedras avermelhadas esculpidas pela ação do tempo. Parecia mesmo um cenário de Velho Oeste, com toda aquela paisagem avermelhada de pôr do sol, um arco-íris ao longe e nenhum sinal de gente nem qualquer barulho a não ser o do vento soprando. Ou o da Mariana gesticulando e tentando falar – e eu tentando não rir – enquanto fazíamos os cinco minutos de silêncio sugeridos pelo guia para melhor apreciação da paisagem. Não se aguenta, essa menina! hahaha







Na volta para o acampamento, noite fechada e uma caminhada de cerca de 1km sob a luz das estrelas (ok, das lanternas também) sob aquele céu estrelado tão lindo que é, sem dúvida, uma das melhores coisas de se acampar no meio do mato.
Jantar e briefing geral da expedição
Todo mundo de volta e verde de fome, encontramos o jantar servido, uma comidinha caseira simples e gostosa preparada com carinho pelo pessoal da fazenda, acostumado a receber visitantes não só da Venturas, mas de boa parte das agências que organizam viagens pelo Jalapão.
Depois do jantar, os guias reuniram o pessoal para fazer um resumo de como seria a expedição e nos orientar sobre as próximas aventuras. E depois de tanta atividade, a primeira noite na barraca teria sido bem facinha, não fosse a vizinhança roncando como os verdadeiros gorgulhos (besouros) que não chegamos a ver na serra propriamente dita.
Outros posts sobre o Jalapão:
Jalapão – Uma visão geral sobre a expedição
2° dia da Expedição Jalapão Venturas: Cachoeira do Formiga e povoado do Mumbuca
3° dia da Expedição Jalapão: Fervedouro do Ceiça e pôr-do-sol nas dunas
4° dia da Expedição Jalapão Venturas: O início do rafting pelo Rio Novo
5° dia da Expedição Jalapão Venturas: Rafting com corredeiras nervosas, uhul!
Último dia da Expedição Jalapão Venturas: Cachoeira da Velha e as corredeiras mais radicais
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